Prefeitos buscam alternativas para melhorar gestão municipal

O prefeito Janerson José Delfes Furtado, Téba,  foi um dos participantes do VIII Congresso Catarinense de Municípios, realizado no CentroSul, em Florianópolis. Aproveitou a oportunidade para conhecer soluções e ideias para atenderem demandas em várias áreas, principalmente na saúde, habitação, gestão de pessoas e finanças, temas do evento. O Congresso foi promovido pela Federação Catarinense de Municípios – FECAM e contou com a participação recorde de mais de 1 mil pessoas, entre prefeitos, secretários e agentes públicos.Logo na abertura, os gestores municipais ouviram do governador eleito, Raimundo Colombo, que novas obras só depois de cumprida a série de reuniões regionais que começarão a partir de fevereiro do ano que vem. Os prefeitos devem relatar ao governador que a área da saúde é prioridade absoluta, já que as prefeituras sofrem com a falta de soluções de média e alta complexidade. O secretário estadual de saúde, Roberto Eduardo Hess, que palestrou no evento, destacou que o governo estadual trabalha para que as regiões de Santa Catarina possam atender adequadamente a população. “Temos a convicção que a chamada ambulância terapia já diminuiu”, afirmou.Casas – Na área de habitação, a consultora na área de política urbana e habitacional, Rosana Denaldi, lembrou aos prefeitos que plano de habitação não é só construir casas populares. “É preciso planejar, pois o plano de habitação deve dialogar com as políticas ambiental e urbana”, afirmou. Segundo Denaldi, geralmente os empreendimentos habitacionais são construídos nas periferias, onde o custo da terra é menor, mesmo quando as cidades ainda têm áreas disponíveis. "Esse é o barato que sai caro para a sociedade. Não adianta esparramar a cidade, pois o prefeito tem que levar o transporte, a escola, o posto de saúde cada vez mais longe", destacou. Para ela, a população deve ser reassentada em áreas equipadas, dentro da malha urbana ou perto dela.A presidente da Cohab, Maria Mota Beck, também palestrou no evento, onde apresentou o Plano Estadual de Habitação. Em Santa Catarina, 43 municípios já têm elaborados os chamados Planos de Habitação de Interesse Social e outros 123 estão em fase de elaboração.No debate sobre gestão de pessoas, a burocracia foi o tema do professor do Departamento de Administração Pública da ESAG, Leonardo Secchi. Uma das palestras mais aplaudidas tratou de um tema que amedronta qualquer gestão pública. "Temos que extirpar a burocracia ruim, aquela que nem nós sabemos por que seguimos", afirmou. Gestão tributária, arrecadação e renúncia de receitas, reforma tributária e guerra fiscal fecharam a programação do Congresso. O auditor fiscal de Santa Catarina, Rogério Macanhão, presidente da Federação Nacional dos Fiscais – Fenafisco destacou a divisão injusta da arrecadação de impostos no país."O IOF, por exemplo, é um imposto que vai inteiro para a União. Se a reforma tributária passar da maneira como está idealizada hoje, o governo federal vai arrecadar para seus cofres 93,20% de tudo o que é recolhido em impostos neste país. Os municípios ficarão com 2,5%", argumentou.